Criação e texto: Rita Delgado
Interpretação: Diana Narciso, Camila LimaCerqueira, Diogo Rodrigues, Rita Delgado e Stephany Malpica
Voz gravada: Lara Mesquita
Apoio à criação: Diana Narciso e Lara Mesquita
Desenho de som | Diogo Rodrigues
Cenografia: AHCOR
Desenho de luz: Diana dos Santos
Vídeo: Miguel Canaverde e Pedro Mourinha
Projecto gráfico: Luíza Gueiros
Produção: Sofia Estriga
Apoios: DGArtes - Governo de Portugal, Fundação GDA, Festival Temps D’images, Companhia Casa Cheia
Residências de co-produção: O Espaço do Tempo; DeVIR/CAPa
Agradecimentos: Carla Martínez, Fernanda Narciso, Joana Bértholo, João Cachola, Mãos de Mãe- Paula Rocha Artes Manuais, Silvino Rocha.
Neste espectáculo, assistimos à gravação do 500º episódio de «MiaPia», um popular programa televisivo.
Entre momentos de culinária, convidados inusitados e rúbricas de tarot, acompanhamos Mia e a sua dificuldade em relacionar-se com alguns dos mais prementes problemas mundiais: questões ambientais, desigualdade social, desigualdade de género, racismo estrutural, guerras e (blá, blá, blá) - Não é isto que por vezes tendemos a “ver” nesta enumeração? Um "blá-blá'' vago e fosco?
Porquê?
Ao 500º programa, Mia vai desafiar o reflexo míope de desfocar o olhar e, apesar das dores nos olhos e no peito, explora corajosamente o alcance e os limites da sua visão.
Sejam bem-vindos ao MiaPia, o vosso programa da noite!
Rita Delgado é licenciada pela ESTC – Ramo Actores (2014/2017). Em 2014 co-criou o espectáculo REUNIÃO DA SALA 3, em cena no Teatro Rápido (Lisboa). Na temporada de 2017/2018 integrou, na qualidade de actriz estagiária, o elenco do TNDM II, tendo a oportunidade de colaborar em várias produções das quais destaca “Casimiro e Carolina”, de Odon Von Hórvath, encenação de Tónan Quito. Em 2019, trabalhou com Lígia Soares na leitura encenada de “A Mancha”, de Lúcia Pires e “O Elefante ou o inevitável caminho do esquecimento”, de Henrique Bispo, ambos em cena no TNDM II. Fundou, em 2019, a associação cultural Delicate Dinosaur, que dirige desde então. Em Outubro de 2020, estreou o espectáculo FIM, uma co-criação sua em conjunto com João Estima, no CAL - Primeiros Sintomas, inserida na programação do Festival Temps D'Images. Em 2022 estreou o espectáculo AS ESTRELAS QUE HOJE VEMOS JÁ MORRERAM HÁ 100 ANOS, uma co-criação sua com Diana Narciso, em cena na Escola do Largo (Lisboa), Teatro Sá da Bandeira (Santarém) e Cine Teatro de Almeirim. Em Junho de 2022, co-criou UMA HORA, um espectáculo site-specific de curta duração, inserido no URGE Glookal Fest (Póvoa de Varzim). Participou como actriz em todas as criações. Actualmente trabalha na sua primeira criação a solo, o espectáculo MIOPIA, que estreará em Lisboa, em Novembro de 2022, inserido na programação do Festival Temps D’Images, e que conta com apresentações no Cine-Teatro Louletano (Loulé) e no Teatro Sá da Bandeira (Santarém).
Concepção, dramaturgia, encenação, interpretação: Alexandre Pieroni Calado
Concepção, criação plástica, direcção musical, interpretação: João Ferro Martins
Texto original: José Miranda Justo
Co-criação musical e interpretação: Raquel Pimpão, Sofia Queiroz
VOZ OFF: José Miranda Justo, José Smith Vargas
Design gráfico vídeo e livro: Ilhas Studio - Catarina Vasconcelos e Margarida Rêgo
Figurinos: Marisa Escaleira
Direcção Técnica: Sandro Esperança
Design de Comunicação: Miguel Pacheco Gomes
Produção Executiva: Marta Frade
Produção: A+ /Artes e Engenhos
Financiamentos: DGArtes/Governo de Portugal, CMAlmada.
Apoios: Latoaria,FCT-UNL, malavoadora, Duplacena, Primeiros Sintomas, RDP Antena 2, RDP África.
LEBRE - Lances de Hermes é um espectáculo da palavra enquanto imagem-tempo, de hip-hop filosófico, de teatro de cabaret para os cidadãos digitais. O projecto toma como ponto de partida a ideia de que estamos numa era da velocidade e da comunicabilidade, que são atributos da figura mitológica de Hermes; sob outra perspectiva, assume um diagnóstico de inflação hermética, na medida em que a cultura contemporânea do ocidente sofre de manipulação da informação, de dissolução de valores, de co-modificação da cultura e das artes. Alexandre Pieroni Calado e João Ferro Martins aprofundam neste projecto uma reflexão sobre o tempo presente a partir da revisitação da tradição greco-latina já encetada em O Declive e a Inclinação – Fragmentos do mito de Sísifo e A Morte nos Olhos – sobre o mito de Perseu e Medusa. Agora, Lebre – Lances de Hermes é um oratório-downtempo que investiga criativamente o ambíguo ascendente de Hermes na nossa época, em especial o dinamismo compulsivo e a acelerada dispersão dos regimes de verdade.
João Ferro Martins nasceu em Santarém. Trabalha como artista visual, sonoro e performativo. Licenciou-se em Artes Plásticas na Escola Superior de Arte e Design (IPL Caldas da Rainha). Produção tridimensional e questões relacionadas com pintura e música formam a base do seu trabalho, bem como acções que envolvem teatro, performance e filme. Participou em inúmeras exposições individuais e colectivas e nas artes performativas tem colaborado com Alexandre Pieroni Calado, Gonçalo Alegria, Andresa Soares, Vera Mantero, Mala Voadora, entre outros. É fundador, juntamente com Hugo Canoilas, do colectivo A kills B e faz parte dos projectos musicais CATARATA e Casal do Leste.
Alexandre Pieroni Calado nasceu em Lisboa, faz e investiga sobre teatro. Estudou na Escola Superior de Teatro e Cinema (Lisboa) e na Escola de Comunicação e Artes (São Paulo). Está envolvido num ciclo de projectos de pesquisa, criação e difusão em torno do enraizamento da violência na matriz cultural greco-latina, no âmbito do qual apresentou A Parede (2019), A Morte nos Olhos (2018) e O Declive e a Inclinação (2016). De entre as criações recentes destaca Kaspar: Palavra Soprada (2017), espectáculo de auto-teatro que simula a experiência de assistir a uma encenação de Kaspar, de Peter Handke, do lugar do ponto, A Arte Degenera à Medida que se Aproxima do Teatro (2017), performance duracional com manifestos de artistas do século XX, e como um conjunto de recriações de encenações portuguesas do século vinte, com Dramas de Princesas. A Morte e a Donzela (2015), Woyzeck 1978 (2014), Quarteto (2013) e Pregação (2012).