Direcção e performance: Bruno Brandolino
Co-criação e performance: Bibi Dória
Desenho de iluminação e espaço: Leticia Skrycky
Figurinos: Nina Botkay
Produção Executiva: Carolina Goulart
Olhar Exterior: Bruno Moreno
Design gráfico: Maura Grimaldi
Vídeo e Fotografia: Aline Belfort
Edição de Vídeo: Ian Capillé
Apoios: Fundação GDA (PT) e Materiais Diversos (PT) através do programa de consultoria em produção Novos Materiais.
Apoio à Residência: O Espaço do Tempo (PT), Projecto 23 Milhas (PT), La Caldera (ES), O Rumo do Fumo (PT), Estúdios Victor Córdon (PT), Fórum Dança (PT), Escola Superior de Dança (PT), Casa da Dança de Almada (PT) e CAMPUS - Paulo Cunha e Silva (PT).
Parceiro Institucional Programa Garantir Cultura, República Portuguesa – Ministério da Cultura (PT)
La Burla é uma ficção coreográfica que acompanha duas figuras situadas numa realidade distópica. O encontro entre o sagrado e o profano toma forma em rituais e invocações de entidades que submergem das profundezas. Santas, bruxas, videntes, diabos, monstros e heroínas atravessam o imaginário desta peça que investiga a relação entre coreografia e ficção, activando e incorporando um repertório iconográfico medieval. Duas performers sobre um tapete amarelo elétrico contam com sua imaginação, os seus corpos e vozes para criar esta ficção coreográfica musical.
Bibi Dória (BR) e Bruno Brandolino (UY), sediades em Lisboa, trabalham como dupla desde 2020. Cursaram o Programa Avançado de Criação em Artes Performativas II do Fórum Dança (PT), com curadoria de Sofia Dias & Vítor Roriz em 2018. As suas pesquisas artísticas lidam com as noções de ficção, arquivo e performance dentro dos campos da coreografia e da dramaturgia. Criaram a sua primeira peça de dança, La Burla, estreada em 2022 no Festival Transborda (PT). Também desenvolvem trabalhos autorais de forma independente e têm colaborado com diferentes artistas locais, tais como Miguel Pereira, Sofia Dias & Vítor Roriz, João Fiadeiro, Gustavo Ciríaco e Jajá Rolim.
Criação, Direcção Artística e Vídeos: Eunice Gonçalves Duarte
Cenografia: Fábio Baldo
Consultoria Técnica: Balaclava Noir
Co-criação performance: Bibi Perestrelo
Performers: Bruno Gonçalves e Eunice Gonçalves Duarte
Captação de imagem: Paulo Fajardo, Arlindo Marques, Pedro Fonseca, Manuel Ferreira, Isabel Santos, Vanessa Duarte, Inês Lopes
Residência artística: Casa de Gigante / Sertã
Apoios: DuplaCena – Festival Temps d’Images, Junta de Freguesia de Arroios, Casa de Gigante, Associação Cultural Mandriões do Vale Fértil, ADAI - Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial, Iris - Associação Nacional de Ambiente, Associação Atelier Concorde
Agradecimentos: Mário Montez, Miguel Manso, Carlos Xavier Viegas, Pedro Ferreira, Edgar Costa, João Paulo Fonseca, Ana Luísa Soares, Luís Sousa, Carlos Bento, Renato Rocha, Jorge Giro e Hermenegildo Ferreira Borges
“Sufocada em Lágrimas” pretende ser uma reflexão artística sobre os incêndios florestais e o seu impacto na paisagem do interior de Portugal. O objectivo é a criação de uma peça imersiva e sensorial que apresente a temática na sua dimensão emocional.
Os incêndios florestais que tiveram lugar nos últimos anos em Portugal, e em outras zonas do mundo, têm sido directamente relacionados com as alterações climáticas. Daí que se torne necessário incluir os incêndios florestais na perspectiva geral do clima, bem como compreender como as alterações climáticas estão a afectar directamente o modo de vida das pessoas, no seu dia-a-dia.
Nas ruas exige-se justiça climática e a União Europeia apela aos estados-membros o aceleramento da transição para energias verdes. O impacto ambiental entra também na equação económica. Em Portugal, as comunidades das zonas mais afectadas pelos fogos, e especialistas na área de incêndios florestais, têm alertado para o perigo de incêndios de grande dimensão devastarem a paisagem do país.
Apesar de haver uma compreensão geral do problema, falta a capacidade de agir sobre ele. Parte da solução pode passar por se regressar aos rituais antigos de controlo da floresta e de combate aos fogos, que se foram perdendo devido à desertificação do interior do país.
Não existem soluções práticas à vista e eu, sentada em frente ao meu ecrã de televisão, choro. Performativo o meu ritual. A minha TV permite-me ser testemunha dos incêndios enquanto me mantém segura em casa, observando à distância.
Do outro lado do ecrã, um homem desespera ao não conseguir salvar a casa onde nasceu. Ele chora. E se chorássemos juntos? Podem as nossas lágrimas produzir água suficiente para extinguir o fogo?
Sufocada em Lágrimas liga arte, tecnologia e ambiente, cruzando várias linguagens artísticas (performance, vídeo, instalação, arquitetura) e propõe trazer para o ambiente urbano a temática dos incêndios rurais, questionando a forma como se pensa e sente os incêndios florestais, os impactos socioculturais e a preservação do ambiente
Eunice Gonçalves Duarte é graduada em Contemporary Drama (UCD/Dublin) e doutoranda em Estudos Artísticos (FL/UC). O seu trabalho cruza as artes performativas com as artes visuais e tecnológicas. Nos últimos anos, tem-se dedicado à investigação do uso de meios tecnológicos digitais na criação artística e ao impacto das imagens de baixa frequência (low-tech) na Neuroestética.
Tem apresentado trabalho artístico sobretudo na Europa, mas também nos Estados Unidos e México. Das instituições pelas quais passou destaca: Crossley Gallery/Dean Clough (Halifax,RU) V&AM/Digital Futures (Londres/RU), South Tipperary Arts Center (Clonmel, Irlanda), Abbey Theatre (Dublin, Irlanda), National Theatre of Wales (Cardiff, País de Gales), Theatre of Changes (Atenas, Grécia), M[i]MO – Museu da Imagem em Movimento (Leiria, Portugal), Dampfzentrale (Berna/Suiça), MNAC – Museu Nacional de Arte Contemporânea (Lisboa, Portugal).